quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Star Wars Episódio VII - O despertar da Força

Vocês devem ter notado que esse ano não postei muitas coisas sobre filmes. Mas esse eu não podia deixar de comentar. Afinal, Star Wars tá no sangue, e eu vinha contando ansiosamente os dias para ver o episódio VII.

Admito que quando ouvi dizer que ele não daria continuidade a O Retorno de Jedi, fiquei um pouco decepcionada, porque queria muito saber a história posterior à queda do Império e à destruição do Imperador. (E eu vou, porque ganhei a trilogia O Herdeiro do Império, que vou começar a ler logo, logo, yay!). Muita gente também ficou apreensiva com a venda da Lucasfilm para a Disney, mas eu tinha plena fé em J. J. Abrams. E, depois de ver o resultado final, posso dizer que foi a coisa mais acertada a ser feita. Com todo o respeito a George Lucas, acredito que ele não honraria a própria obra na nova trilogia.

O Despertar da Força tem vários méritos. O maior deles, a meu ver, é aliar o que as duas trilogias anteriores têm de melhor: a tecnologia da prequel, e a base na atuação e recursos mais básicos da trilogia original. Não há como negar, a trilogia original, apesar de ser minha preferida, é bem tosca. OK, na época, aquilo era o top do top em termos de efeitos especiais, mas a tosqueira é tanta que dá para ver o plástico que reveste o chão da caverna no asteroide em Império Contra Ataca. E a indústria evoluiu muito nestes 30 anos desde O Retorno de Jedi. E J. J. Abrams soube usar esse avanço muito bem, sem exageros. O grande pecado de George Lucas na prequel foi exatamente usar essa tecnologia em excesso. OK, ele criou mundos visualmente maravilhosos, mas deixou a peteca cair na história. Já Abrams soube dosar efeitos especiais com recursos mais old-school, como usar bonecos em vez de digitalizar personagens. O fofíssimo BB 8 (que eu quero pra mim) por exemplo, é real, controlado por dois operadores independentes. E, queira ou não, isso faz muita diferença no resultado final. Os cenários são mais reais, não virtuais, e as lutas parecem menos ensaiadas que na prequel. E não perdem em adrenalina por isso.



Outro mérito muito grande foi colocar uma heroína no papel principal. OK. Padmé e Léia são, sim, personagens femininas muito fortes. Léia é, possivelmente, a primeira mulher retratada no cinema como forte e independente, uma verdadeira rebelde. Mas ambas ficam em segundo plano, dando mais espaço para Luke e Anakin. Já Rey é o centro de tudo. A trama gira em torno dela. E foi preciso seis filmes para finalmente isso acontecer. Isso porque, de novo, Abrams soube ler a tendência, ainda que tardia, de colocar uma mulher em um papel de ação em destaque. E Daisy Ridley brilha como Rey. Ela mostra toda a incerteza e insegurança de uma pessoa que acaba de descobrir os poderes da Força. Um tanto rápido, pois em questão de minutos ela domina a Força. Há teorias sobre essa rapidez, mas não vou entrar em detalhes para não dar spoiler, caso você não tenha visto ainda. E também, sendo bem realistas, temos pouco mais de 2 horas para apresentar uma nova Jedi, em pleno uso de seus poderes.


Outro destaque foi o lance de colocar um stormtrooper se revoltando. John Boyega faz um Finn simpático, no sentido de gerar simpatia (fiquei meio travada com o termo em inglês relatable. Isso acontece frequentemente, penso em inglês e não consigo pensar no termo correspondente em português ). O que quero dizer é que imediatamente entendemos porque ele deserda. E o trunfo aqui foi inserir uma espécie de academia de stormtroopers, em vez de clones, mas ainda programados para obediência total. Então, por que somente Finn se rebela? Minha irmã diz que ele tem a Força. Não sei, mas em termos de personagem, Finn é um personagem rico, que rende boas sequências de interpretação e conflito. Fora que gera muitas situações cômicas. Outro trunfo do filme.

Não que falte humor nas trilogia original, ou na prequel, mas George Lucas apostou mais em personagens criados para isso, como C3PO e Jar Jar Binks, que depois de um tempo, ficam irritantes. Já em O Despertar da Força, a comédia vem de situações. As sequências de Finn querendo impressionar Rey, e suas débeis tetativas de xavecar a menina, são hilárias. E, diferente de um certo rei da Friendzone, acredito que Finn eventualmente vai conseguir o que quer. #oremos. E a química entre John Boyega e Daisy Ridley é fantástica.

Do elenco original, retornam Harrison Ford, novamente na pele de Han Solo, e com bastante destaque, em vez da aparição honrosa que era prometida. Acerto de Abrams e dos roteiristas. No início, Solo volta a ser um contrabandista, depois de ter todas as suas expectativas desfeitas. Porque eu não vou falar, para não dar spoiler, mas seu personagem ganhou mais profundidade. E é bem legal descobrir o que aconteceu com Solo e Léia depois da queda do Império. Agora, que queria saber que médico - ou que shampoo - Chewie usa, porque o tempo visivelmente passou para Solo (e ainda bem! Envelhecer os personagens foi outro acerto), mas Chewie continua o mesmo! :D



E do outro lado, Kylo Ren é um vilão ainda mais fodástico que Darth Vader. É mais sádico, e tem muito mais ódio no coração do que Vader. Adam Driver está ali, de perto com Benedict Cumberbatch como Khan. E isso é falar um bocado. Novamente entra em cena a questão da redenção, da salvação. Mas, diferente de Anakin, não sei se Ren tem salvação. Ainda temos mais 2 episódios para descobrir. E espero sinceramente que a Capitã Phasma tire o capacete e algum momento, mostrando para todas as galáxias a linda Gwedoline Christie, arrasando como vilã. Uma amiga me disse que em entrevista, perguntaram para ela o que aconteceria se Brienne e Phasma se juntassem. Gwendoline respondeu: Ninguém nos pararia. Alguém duvida? Sem falar do Líder Supremo Snoke, vivido no expert em personagens virtuais Andy Serkis. Ninguém domina essa técnica como ele, e tiro certeiro do casting.



O filme é um tanto previsível. Naquelas: previsível porque já vimos vezes sem conta os anteriores, então em determinadas cenas, podemos antecipar o que está por vir. Mas, pelo menos para mim, só ficou evidente na hora. Há perdas, e principalmente, muitos ganhos neste episódio. Alguns desfechos foram apresentados, outros ainda estão por vir. Muita ação, humor e romance permeiam o filme, e, contando com este novo episódio, acho que podemos esperar grandes coisas, e mais bombas, equivalentes ao "I am your father" por aí. Que a Força esteja conosco. Enquanto isso, um gostinho com o trailer:




Mundo Perdido - Michael Crichton

Seis anos se passaram desde os eventos catastróficos que puseram fim ao sonho milionário de John Hammond e da InGen, seis anos desde que a Ilha Nublar em que o Parque dos Dinossauros fora construído foi esvaziada, as instalações e os dinossauros eliminados, ou pelo menos era o que se achava... Afinal, misteriosos animais têm sido encontrados mortos nas regiões costeiras da Costa Rica. O governo faz de tudo para impedir que informações sobre o assunto vazem. Donos de empresas de biotecnologia estão interessados.

Em meio a tantos boatos um paleontólogo destemido e inconsequente, Richard Levine, decide averiguar essa história mais a fundo. Ele quer empreender uma busca pelo Mundo Perdido, por dinossauros vivos, e quer contar com a ajuda do professor Ian Malcolm, que presenciou o incidente na Ilha Nublar, seis anos antes.

Que segredos as florestas costa-riquenhas escondem? Qual a herança deixada pela InGen? Com diálogos sarcásticos, além de várias discussões sobre assuntos científicos, o livro é um prato cheio para quem curte ficção científica de qualidade.

Já faz um tempo que terminei de reler este livro, mas acabei demorando para postar a resenha por enrolação mesmo. Sorry, guys! 

Seis anos depois da tragédia na Isla Nublar, todo mundo pensava que os dinossauros todos haviam morrido. Mas o que ninguém sabia era que a InGen, secretamente, mantinha outra ilha, a linha de produção, onde ficavam os produtos que davam errado, ou até que tivessem idade suficiente para se manter sem dependência de humanos. A mortalidade era alta, e ninguém sabia como cuidar dos dinossauros, de modo que a Isla Sorna era onde eles criavam os dinossauros e tentavam mantê-los, através de tentativa e erro. 

Mas algo deu muito errado na  ilha, e ela foi abandonada e os animais soltos. Algum tempo depois disso, incidentes estranhos começam a acontecer na Costa Rica, com relatos de ataques de lagartos esquisitos e aparições de carcaças exóticas no litoral. Mas o governo abafa tudo, descartando como animais pertencentes à fauna local. Só que esses acidentes acabam chamando a atenção de um paleontólogo famoso, chamado Levine, que decide investigar as coisas no local. E, quando ele desaparece, uma equipe parte em seu resgate.

O livro é bem diferente do filme, a não ser pelos dinossauros e pela cena dos trailers no penhasco. Fora, isso, é uma história completamente diferente. Esqueça Hammond pedindo ajuda para Malcom, esqueça Nick e os interesseiros da InGen querendo tirar animais da ilha e transferir para o continente. Tudo vai girar em torno do resgate de Levine, e os interesses de Dodgson. Mas ele pode ser completamente descartado, sinceramente. Não representa nada no livro, a não ser um incidente com Sarah Harding, mas eu não vou falar qual.

Richard Levine é um cientista por esporte. O que quero dizer é que o cara vem de família rica, e fez qualquer curso só por fazer, porque na verdade não precisa. E, como todo playboy filhinho de papai, Levine é mimado e cheio de vontades. Quer tudo do jeito dele, quando ele quer. E é um covarde de primeira, apesar de não admitir isso. E também é arrogante, só ele sabe como fazer as coisas e só ele faz certo. Deu pra perceber que detesto Levine, ceto?

Junto com ele está Ian Malcom, que morre no livro anterior, mas como ele é o alter-ego do escritor, ressuscitou neste. Grande erro, a meu ver. Malcom não é herói de ação, e seu pessimismo só faz piorar neste. Só está presente mesmo para dar suas opiniões fortes e doutrinárias sobre a ciência e seus perigos. Novamente, o debate sobre a ética na ciência é forte neste livro, até mais profundo que no primeiro. E, diferente do filme, Malcom não é namorado de Sarah. 

Esta é uma mulher forte e independente, estuda grandes predadores na savana africana sozinha e por isso mesmo tem muito senso prático e consegue manter a cabeça fria nas situações de maior risco. E, independente da descrição física dela mo livro, para mim ela sempre será a linda da Julianne Moore. Só que a Sarah do livro não tem tanto senso de humor como a do filme. 

A equipe ainda conta com Eddie, o engenheiro que constrói os equipamentos usados na ilha, e ele não morre como no filme. Gosto de Eddie.  A equipe ainda conta com Dr. Thorne. Ele é  paciente e um bom professor, também tem senso prático de sobra e consegue manter a calma nos momentos de crise. 

E, como não podia faltar, tem que ter criança no meio disso tudo. Arby e Kelly são ambos alunos e assistentes de Levine. Esqueci de dizer que Levine tem que dar aulas em uma escola pública como parte de uma pena dada por um juiz, mas não lembro porque. sobre Arby e Kelly. Ambos são muito inteligentes. Arby inclusive pulou algumas séries na escola. Mas sinceramente, poderiam ser cortados do livro sem prejuízo nenhum. Arby ainda tem conhecimento bom de informática, e é ele quem ajuda a desvendar o paradeiro de Levine quando ele desaparece. Mas Kelly está só fazendo número, e é atéum tanto irritante em certo ponto, com uma adoração quase patológica por Sarah. Sério, qual a criança que venera uma cientista perdida no meio da África? Ambas as crianças só fazem acrescentar mais tensão pouca quando os dinossauros aparecem. Neste sentido, no filme elas são bem melhor aproveitadas. 

Como em Jurassic Park, o livro é repleto de ação, misturada com explicações científicas, sem ficar chato. E os capítulos são curtos, com pontos de vista se revezando entre os personagens. Apesar de o livro contar com os bad guys, como sempre, os grandes vilões mesmo são os dinossauros. A luta central é pela sobrevivência. E, como no caso do primeiro, neste há mais dinossauros que o filme, e portanto mais tensão. Mas o primeiro ainda é melhor. Até mesmo o filme tem momentos em que supera o livro. 

Filme

Como disse aí em cima, em certos momentos, eu acho que o filme supera o livro, apesar de o segundo ser o piorzinho da franquia. A cena do trailer, como eu disse, continua no livro, mas com desfecho diferente do filme. E algumas das minhas cenas - e falas - favoritas ever, não estão presentes, como:



E essa é impagável:



"Tem um dinossauro no nosso quintal". Dou risada toda vez, mesmo que o T-Rex coma o cachorro. E acho esse ataque dos velociraptores muito legal:



E isso eu sinto falta no livro. 

E, rapidinho, como não tem livro dos filmes 3 e 4, deixa e comentar. O terceiro eu acho melhor que o segundo, acertaram em trazer de volta Dr. Grant, mas a mocinha podia morrer que não fazia falta. Téa Leoni só faz gritar, é uma inútil. Já o garotinho, eu gosto. E o quarto, agora com o nome de Jurassic World, é uma delicinha, puro entretenimento, simplesmente por: Chris Pratt. E a moça, a linda da Bryce Dallas Howard, faz um bom contraponto e alívio cômico. Fora o Ty Simpkins também muito bem, lembrando que ele rouba a cena em Iron Man 3. 


Trilha sonora

Jurassic Park Theme, óbvio. E também Do the evolution, do Pearl Jam.


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  • Jurassic Park - Michael Crichton

sábado, 14 de novembro de 2015

O Parque dos Dinossauros _ Jurassic Park - Michae Crichton

Um magnata chamado John Alfred Hammond reúne quase 1 bilhão de dólares e ergue uma empresa que trabalha com engenharia genética (InGen Inc.), na ousada tentativa de recriar animais pré-históricos através da clonagem e inseri-los em uma espécie de parque temático, situado em uma distante e remota ilha da Costa Rica. 



Um punhado de cientistas é convocado a dar um passeio pela ilha e dizer sua opinião acerca do grandioso feito, estudando o comportamento de dinossauros vivos, recriados a partir da milagrosa empresa genética. 



Todo o programa do passeio corre bem, até que um descuido faz com que os responsáveis pelo parque percam o controle e o lugar vire um caos terrível na luta pela sobrevivência. 



Embalada depois de assistir Jurassic World, resolvi finalmente reler um livro que eu adoro, já li várias vezes, mas ainda não havia comentado. Claro que é Jurassic Park. Eu assisti o filme primeiro, lá em 1991/92, e amei instantaneamente. E, lógico, sendo leitora voraz já naquela época, logo fui atrás de ler o livro. 

O livro, claro, é bem mais abrangente do que o filme, mas a história é basicamente a mesma. O começo já é bem eletrizante e misterioso. É uma noite quente em alguma cidadezinha costeira da Costa Rica, o calor é insuportável, e tudo parece calmo para a Dra. Carter. Até que chega em sua pequena clínica, precária, um grupo em um helicóptero, em plena tempestade tropical, trazendo um rapaz todo mutilado, vindo da obra monumental que está sendo construída não muito longe dali. O responsável, Ed Regis conta que o rapaz foi atingido por uma retroescavadeira, mas logo fica óbvio para a Dra. Carter que a verdade não é bem essa, e que o rapaz foi na verdade atacado por um animal. E o livro segue assim, com relatos parecidos em várias partes da Costa Rica, já preparando o cenário para o que está por vir. 

Claro que a gente sabe muito bem qual animal atacou o pobre rapaz. Mas Michael Crichton faz um bom trabalho mantendo o suspense, construindo aos poucos esse thriller. E já mostrando que Ian Malcom estava certo o tempo todo. 

Aliás, todos os personagens do filme estão aqui, se bem que um pouco diferentes. Ian Malcom é o mesmo que no filme: um matemático estudioso da Teoria do Caos, que é bem explicada no livro, muito pragmático e cético, se um tanto quanto arrogante. Ellie Sattler é mais nova, e não é namorada de Dr. Grant. Ambos trabalham juntos em Montana, e começam a ser investigados pela sua ligação com a InGen, a empresa do bilionário John Hammond. Isso porque eles trabalham para a InGen sem saber exatamente o que a empresa faz. Sua personalidades são como no filme. Grant é o especialista prático e de ação. Mas, diferente do filme, Grant adora crianças E Ellie é uma jovem paleobotânica. aluna de Grant, trabalhadora e corajosa. 

Já Hammond...esqueça aquele velhote simpático, se um tanto irritante com seu "não poupamos despesas", e que queria oferecer um mundo fantástico para as crianças. Não. Hammond é arrogante, autoritário, e bem inescrupuloso. Mente deslavadamente para alcaçar seus objetivos. Sério, ele dá muita raiva no livro. Gennaro, o advogado, não morre na privada (admito que dou risada toda vez que vejo o filme) e tem participação maior. Ele é outro que só pensa mesmo em se dar bem. Foge da responsabilidade de ter criado o parque, é um covarde, como no filme. 

Nedry, aquele gordo que quer vender os embriões para a concorrente, também aparece mais, e no livro é bem mais inescrupuloso. Ele lida com Dodgson, o representante da Byosin, a empresa de engenharia genética concorrente da InGen. No filme, ele aparece só uma vez, mas no livro, ele aparece bastante, e é um canalha de marca maior. E no livro, essa situação é mais bem explorada. Sabemos porque Nedry vende os segredos, e qual o interesse da Byosin. 

As crianças também participam do passeio. Mas Tim é o mais velho, e Lex uma garotinha de uns 7 anos, e bem irritante, para falar a verdade. Aqui os papéis estão invertidos. Tim é o que se liga em computadores e dinossauros, e Lex a atlética. Mas, Lex, sinceramente, poderia ser cortada do livro sem prejuízo nenhum. Está lá só mesmo para acrescentar dramaticidade, o que é desnecessário, porque o livro tem isso em boa dose. 

Falta eu falar de Muldoon, Ele é o caçador que controla os animais. Gosto dele, tanto no filme como no livro Ele é cara sem meias palavras, que não tem medo de fazer o que for necessário para controlar uma situação sem controle. Calejado depois de milhares de safáris pelo mundo, ele sabe muito bem que os dinossauros são animais selvagens, que seguem seu instinto. Outros personagens, como o Dr. Wu, também tem participação maior, mas se eu ficar falando deles, não acabo nunca esta resenha.

O livro tem muito mais ação que o filme. Muito mais dinossauros, muito mais perigo. Os dramas pessoais são mais explorados também, criando conflitos que no filme ficaram de fora. Porém várias passagens são as mesmas, com falas tiradas diretamente do livro. O livro é narrado em terceira pessoa, mas em diferentes pontos de vista. A leitura é fácil, os capítulos são curtos e a narrativa bem encadeada, de modo que dá para ler bem rápido. Mesmo a parte mais técnica fica fácil de entender, e não é chata. E fica bem evidente no livro o debate moral que já é levantado no filme: será ético que cientistas banquem Deus? Quais os direitos de um animal clonado e fabricado pelo homem? Até que ponto podemos avançar? Até que ponto podemos continuar abusando da natureza, como estamos? Pense nisso.

Trilha Sonora

Welcome to Jurassic Park, John Williams. Podia ser outra? Essa é de Jurassic World, mas coloquei porque achei um toque de gênio incluir a original de John Williams no filme ( a amei o trailer só com os acordes, bem suaves). Do the evolution, do Pearl Jam. Eyes wide open, Gotye, especialmente por causa do que eu mencionei aqui no final. Preste bem atenção na letra.

Filme

Já falei que AMO o filme. Todos eles, mas o meu preferido é definitivamente o primeiro. Simplesmente por ser o primeiro, é aquela surpresa. Foi revolucionário. Hoje, os efeitos parecem baratos, mas na época, eram muito realistas, e Spielberg abriu as portas do CGI como conhecemos hoje com este filme. O elenco é muito bom também, com nomes relativamente desconhecidos na época, incluindo Samuel L. Jackson.E as sequências de ação são excelentes. Como não ficar apavorado com isso?



Sem falar que uma das cenas mais lindas da história do cinema está neste filme:


Parece que a gente está ali com eles, desfrutando dessa descoberta. Lindo! Spielberg no seu auge.

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  • Mundo Perdido - Michael Crichton.

domingo, 8 de novembro de 2015

A Coroa de Ptolomeu

Depois do encontro de Percy e Carter, em O filho de Sobek, e de Annabeth e Sadie, em O cajado de Serápis, enfim chegou a hora de os quatro se unirem em uma divertida aventura mágica em um novo conto que une as séries de mitologia greco-romana e egípcia de Rick Riordan.

Em A coroa de Ptolomeu, Percy e Annabeth abrem mão de pegar um cinema no sábado para resolver um assunto bem chato: deter o espalhafatoso e lendário mago Setne, que mais parece um cruzamento de Elvis Presley com Prince versão 1980. Munido com o Livro de Tot e unindo as magias grega e egípcia, Setne - cuja história é contada em A sombra da serpente e que é relembrado em O cajado de Serápis - está tentando unir as duas coroas, do Baixo Egito e do Alto Egito, para se tornar um deus imortal.


Eu sei que vocês devem estar pensando  "Meus Deuses, mas a Fernanda agora só lê Rick Riordan!?!". Bom, não é segredo nenhum que eu AMO o titio Rick, mas o motivo é outro, bem mais simples: como bônus, minha edição inglesa de A Espada do Verão veio com este no final. YAY! :D

E a aventura crossover de Percy Jackson e os Kane tem o capítulo final (será?) neste. Agora, estão todos juntos: Percy, Annabeth, Carter e Sadie. Tudo narrado pelo ponto de vista de Percy, o que, claro, rende muitos comentários irônicos hilários. 

E, como eu havia dito antes em O Cajado de Serápis, Percy logo de cara simpatiza com Sadie. Isso porque eles são bem parecidos: impulsivos, sarcásticos e ligados no 220. E tenho que comentar que achei megafofo Percy imaginando que se tivesse uma filha com Annabeth, ela seria exatamente como Sadie. Imagino que sim, porque além de ser impulsiva e agir primeiro para depois pensar, Sadie também é inteligente. 

Tudo começa como um dia normal, Percy e Annabeth em um encontro, que, óbvio, acaba em desgraça para eles. De repente, eles se veem em meio a uma tempestade anormal em Governor´s Island, em NY, enfrentando um cara fazendo feitiços para... não, nada de spoilers! Basta dizer que o cara em questão é bem conhecido dos Kane, e doido de pedra. Além de ter um ego gigante, digno de um deus (literalmente, mas para saber exatamente o que quero dizer, vá ler o livro!)

Mais ação desenfreada, muito humor, e confesso que ri muito de Percy tentando entender como o mundo dos Kane funciona, até porque neste ele experimenta na pele como é ter um deus egípcio na sua cabeça. Novamente, o conto é bem curtinho e dá pra ler bem depressa. Eu só levei 3 dias porque, como já disse, ando trabalhando mais, e chego em casa bem cansada, consigo ler bem menos do que eu lia antes. Mas certeza de que se estivesse de férias (ou na faculdade, onde eu lia durante as aulas), eu teria acabado em mais ou menos uma hora. Anyways, titio Rick fechou bem este crossover, mas também deixou a porta aberta para novas possíveis aventuras envolvendo o Acampamento Meio-Sangue e a Casa da Vida. 

Trilha sonora

Collision of Worlds, do Robbie Williams e Brad Paisley, óbvio. Everybody wants to rule the world, da Lorde.

Se você gostou de A Coroa de Ptolomeu, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • As Crônicas do Kane – Rick Riordan;
  • Os Arquivos Semi-deus – Rick Riordan.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A Espada do Verão - Magnus Chase e os Deuses de Asgard #1 - Rick Riordan

Meu nome é Magnus Chase. Sou órfão e tenho levado uma vida dura nas ruas de Boston. E as coisas estão para ficar muito piores. 
Meu dia começou normalmente. Eu estava dormindo embaixo de um aponte quando um cara me chutou e disse "Eles estão atrás de você.". Quando dei por mim, estou reunido com meu tio mala, que casualmente me informou que meu pai há muito tempo perdido é um deus nórdico. 
Nada normal quanto a isso. E parece que os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Aparentemente, se eu não conseguir a espada que meu pai perdeu dois mil anos atrás, vem desgraça. Juízo Final, para ser mais preciso. 
Um gigante de fogo atacando a cidade? Guerreiros imortais esquartejando uns aos outros? Lobos impossíveis de matar com olhos brilhantes? Tudo está vindo. 
Mas antes eu vou morrer. Esta é a história de como minha vida vai de mal a pior...

Tenho que confessar que depois de O Sangue do Olimpo eu andava como Magnus, meio órfã de aventuras dos semideuses mais legais da face da Terra. OK, eu tinha Os Heróis Gregos e Os Deuses Gregos para compensar, mas por mais awesomelicious que seja ver Percy contando essas histórias, não é a mesma coisa. Fora que eu estava megacuriosa para saber como seria a ligação entre as duas sagas, e como Annabeth se encaixava na história de Magnus. OK, eles são primos, mas e daí? Como as duas histórias se entrelaçam. Deixa eu dizer logo de cara que ainda não houve esse cross-over, mas tudo indica que, assim como acontece com os Olimpianos e os Heróis do Olimpo, Percy e cia. também vão ter uma participação neste. Titio Rick já deixou esse cliff-hanger para a gente e eu já estou me mordendo pra saber como vai ser.

Esqueci de apresentar Magnus. Bom, na verdade ele basicamente já se apresentou aí em cima. Órfão, ele vive como mendigo nas ruas de Boston, totalmente sem noção de que é filho de um deus nórdico (que permanecerá anônimo por enquanto). Aos 16 anos, a passagem para a vida adulta, sua voda vai mudar radicalmente, pois, claro, existe a profecia de que ele possa atrasar, ou possivelmente adiantar, o Ragnarok, o apocalipse viking (OK, people, eu sei que nem todos os nórdicos eram vikings, mas fica mais legal assim). Magnus é um tanto cético, e mais resistente do que Percy em relação a sua ascendência. Mas não muito. Depois de morrer e ir parar em Valhala, e de outras tantas coisas estranhas que acontecem com ele num prazo de menos de 12 horas, ele acaba aceitando tudo, mas mais como alguém que se conforma do que realmente porque acredita. Pelo menos a princípio. Magnus também é bastante sarcástico, mas diferente de Percy, que usa o sarcasmo para ser engraçadinho, Magnus faz isso com mais rudeza e amargura, mais com o Dr. Enxaqueca, ops, House. Mas nem por isso ele deixa de ter senso de humor:

"Você se parece com Kurt Cobain, minha mãe costumava me provocar, Eu amava Kurt Cobain, exceto pelo fato de ele ter morrido.
Bem, adivinhe só, mãe? eu pensei. Eu agora também tenho isso em comum com ele!" (p. 107, edição inglesa)

Mas Magnus tem motivos para tanta amargura. Já pensou ver a mãe morrer e viver de lixo (literalmente) nas ruas da gelada Boston por dois anos? E com um tio medonho que nem avisa o resto da família que ele sumiu? E se não bastasse tudo isso, ainda morrer pelas mãos de um gigante de fogo? Convenhamos que, mesmo indo parar no Tártaro, Percy teve uma vida melhor. Afinal, não estava totalmente sozinho, tinha amigos e a mãe por perto. E o pai, que de vez em nunca aparece.

Magnus também é muito inteligente, se não muito hábil com a espada, ou com lutas em geral. E é um sobrevivente, acima de tudo. Sabe muito bem se virar nos apertos. Outra característica marcante dele é que ele é naturalmente desconfiado de todo mundo, e não tolera muito contato físico. Em outras palavras, falta um tanto de trejeito social, mas não confunda isso com frieza ou indiferença. Muito pelo contrário. Ele tem um senso de certo e errado muito apurado, e tem bons instintos quando se trata de pessoas. Ele pode ler as intenções delas muito bem. E acho que podemos esperar muito dele, como desenvolvimento de personagem, nos próximos. Digo isso porque neste ele já mostra isso.

Bem, dizer que Magnus está totalmente sozinho é um pouco de exagero. Claro que ele tem seus guardiões, que ele não tem ideia de que sejam isso. Um é Blitz, um anão com senso de moda melhor que o meu, que sofre bullying entre os outros anões. E o outro é Hearth, um elfo mudo, mas que compensa com magia poderosa das runas. Adoro Hearth, mais do que gosto de Blitz. E gostei de como o tio Rick, mais uma vez, encaixa um personagem imperfeito e trata o assunto como se isso não fosse nada demais, tanto no caso da inclusão de Hearth como no caso de tolerância quanto a Blitz. Porque realmente, essas coisas não são nada de mais. São pessoas como todas as outras. Fim.

E claro que tem de haver uma grande mulher, no caso uma grande garota, por trás de todo grande garoto. No caso ela responde por Samirah, ou Sam, e ela enfrenta o mesmo tipo de desconfiança que Blitz por ser filha de... HAHAHA descubra lendo! E não é só isso. Sam ainda é descendente de árabes, e acho que não preciso dizer o que isso significa nos Estados Unidos pós-11 de setembro, certo? Mas Sam usa essa hostilidade como combustível para se levantar a cada tombo, e ficar cada vez mais forte, equilibrando as obrigações de Valquíria (as servas de Odin, também encarregadas de levar os heróis caídos em batalha para Valhala) e as obrigações de uma adolescente, menina, numa família muçulmana tradicional. Ele vive com os avós, já que sua mãe também morreu, e acho que ser Valquíria (e filha de... Valar Lerolivro!) é o jeito dela de se rebelar quanto ao fato de não ter muita escolha na vida real. E, ou eu muito me engano, ou Samirah ainda vai ter muitos problemas mais pela frente. E não estou falando de sua vide de demigoddess.

O livro, como é marca de titio Rick, é bem agitado, Os capítulos são curtos, e a ação é frenética, misturada com muito bom humor. E mil e uma menções a nossa cultura nerd. Eu pirei com Thor, o deus do tanquinho mais bem esculpido de Asgard do Trovão falando de Arrow e The Walking Dead e Game of Thrones, fora mais outras mil indiretas, também musicais, mas que eu esqueci de marcar. E achei bem bacana perceber que vários dos mitos nórdicos são bem parecidos com os gregos. E amei conhecer melhor essa mitologia, que eu confesso que conhecia mais pelos filmes dos Avengers. E falando nisso, Thor e Loki fazem suas participações, mas mesmo com descrições físicas bem diferentes dos dois, na minha cabeça eles eram:




Com direito às vozes de Chris Hemsworth e Tom Hiddlestone na minha cabeça. E já estou babando para o próximo, Magnus Chase e o Martelo de Thor (mais uma observação nada a ver: toda vez que eu lia o nome do martelo, Mjolnir, eu ouvia a Darcy chamando ele de mewmew).

Trilha Sonora

Cry Wolf, dos também nórdicos A-ha, só podia estar aqui; Hungry like the wolf, do Duran Duran também, por motivos bem óbvios; Stand my groundWhat have you done now e Our Solemn Hour (que OK, nem tem tanto a ver assim, mas eu coloquei só porque ela é simplesmente awesometastic), do Within Temptation não poderiam faltar.

Se você gostou de A Espada do Verão, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • As Crônicas Kane – Rick Riordan;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • O Hobbit – J. R. R. Tolkien;
  • A Crônica do Matador de Reis – Patrick Rothfuss.

domingo, 4 de outubro de 2015

Percy Jackson e os Heróis Gregos

"Se você gosta de mutilações, assassinatos e animais domésticos comedores de carne humana, continue lendo...
Meu nome é Percy Jackson. Sou um semi-deus moderno - o filho de Poseidon. Já tive algumas experiências ruins em minha vida, mas os heróis que vou apresentar são os antigos, azarados originais. Eles ousadamente se ferraram onde ninguém havia se ferrado antes.
Então pegue sua lança de fogo. vista sua capa de pele de leão. Lustre seu escudo e certifique-se de ter flechas suficientes em sua aljava. Vamos voltar cerca de quatro mil anos para decapitar monstros, atirar nos traseiros de alguns deuses, saquear os Ínferos e pilhar de pessoas más.
Depois, como sobremesa, vemos sofrer dolorosas e trágicas mortes.
Prontos? Legal. Então vamos lá."

E não é que titio Rick ouviu minhas súplicas em Percy Jackson e os Deuses Gregos, entrou em contato com nosso querido semideus filho de Poseidon, e, em troca de “um ano de pizza de pepperoni grátis, mais todas as jujubas azuis que eu posso comer”, convenceu nosso heroi a escrever sobre os heróis gregos.

E, em mais um impulso, comprei o livro e assim que cheguei em casa, já comecei a devorar as tragédias dos semideuses originais. E, antes de embarcar nos comentários sobre o relato de Percy, deixa eu me desculpar por ter ficado longe por tanto tempo. Mas foi por puro cansaço. Estou trabalhando mais, então chego em casa bem cansada e não tenho lido mais tanto como eu lia antes. Leio umas 10 páginas e já estou caindo de sono. Além do mais, eu estava relendo Brisingr (e agora Inheritance), e não havia muito a comentar. Mas não esqueci o blog, não. É isso.

Bom, o livro. Preciso dizer como eu AMEI? Se Percy já era sensacional contando a histórias dos deuses, é também contando os feitos dos heróis, com o mesmo humor sarcástico, e insights próprios, vindos de suas próprias experiências.

“As she (Psyche) was climbing down the narrow ledges inside the volcanic fissure, she happened to pass a lame ass-driver.

(Don´t look at me funny. That´s exactly what the old stories called him: lame ass-driver. The dude was lame, like crippled. He was leading an ass, like a donkey. What did you think I meant?)

Anyway, Psyche thought it was weird to see a crippled dude in a volcanic vent, just hanging out with his ass. (I´m not going to laugh. Nope. Not even a little.)” (p. 101)

Coloquei este trechinho da descida de Psyche ao Ínfero em inglês porque simplesmente não sei como traduzir. Percy titio Rick faz um trocadilho com o duplo significado de ass (=asno ou bunda). Lame-ass é algo meio fajuto (por falta de expressão melhor), e eu preciso dizer que ri muito desse trecho. E lame também quer dizer aleijado. Confesso que estou curiosa para saber como o tradutor vai salvar a piada
.
O livro conta a história de 12 semideuses, os mais conhecidos: Perseu, Teseu, Hércules, Jasão, e outros que eu confesso que não conhecia: Atalanta, a própria Psyche, e outros. Um passeio delicioso e divertido pelos mitos gregos. E de quebra ainda ganhei um trechinho de A Espada do Verão, primeiro volume de Magnus Chase, o primo de Annabeth, que tem ligação com os deuses nórdicos, que sai ainda este mês, viva Thor! Mas sobre este não vou comentar nada, vocês vão ter que esperar que saia para eu comentar.

E, para finalizar, ainda tem isso:

“Ninguém a (Medeia) chamou de Mãe dos Dragões.” (p. 513)

PARATUDOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Percy citando GoT???????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu totalmente posso ver Percy sentado na proa do Argo II, vendo Jon, Tyrion e Dany junto com Jason, Leo e Annabeth, com um potão de jelly beans azuis. Ui, que agora até eu fiquei com vontade!)

Trilha Sonora

Não tinha outra: Holding out for a hero, da Bonnie Tyler (quem aí ouve essa música e vê o final de Shrek 2 passando na cabeça levanta a mão: o/). E, especialmente para Hércules, tinha que ter Zero to Hero, com as fofas das Musas da Disney (SPOILER ALERT! Se você acha que o desenho da Disney é como a história original, prepare-se para uma surpresa).

Se você gostou de Percy Jackson e os Heróis Gregos, pode gostar também de:
 
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • As Crônicas Kane – Rick Riordan;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • O Hobbit – J. R. R. Tolkien;
  • A Crônica do Matador de Reis – Patrick Rothfuss.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

The Ruby Circle - Bloodlines #6 - Richelle Mead

Depois que Sydney Sage escapou das garras dos alquimistas, que a torturaram por viver um romance proibido com Adrian Ivashkov, o casal passou a viver exilado na Corte Moroi. Hostilizada por todos ao seu redor por ser uma humana casada com um vampiro, a garota quase não sai de casa e perde a noção do tempo, trocando o dia pela noite.

Mas logo Sydney se vê obrigada a abandonar seu refúgio, já que seu coração continua apertado desde que Jill Dragomir desapareceu. O sumiço da jovem princesa vampira coloca em risco toda a estabilidade política dos Moroi… Então quem estará por trás desse sequestro? Sydney precisa dar um jeito de trazer a amiga de volta — e ao mesmo tempo alcançar sua própria liberdade.


ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES! Você foi avisad@.

Se O Sonho do Súcubo não é lá muita coisa, especialmente em se tratando de Richelle Mead, eu compensei com este livro. E depois do final de Silver Shadows com direito a casamento e tudo (quem diria, Adrian Ivashkov, bad boy convicto, tying the knot...), claro que eu estava babando para ler o próximo. 

Um mês se passou desde o casamento em Las Vegas, mas se engana quem pensa que Adrian e Sydney puderam curtir uma lua de mel. Uma porque eles estão presos à Corte, e depois porque por se casar com Sydney, Adrian foi cortado pelo pai, e agora mora num alojamento cedido por Lissa junto com a mãe (Sydney, ninguém merece, minha amiga, morar com a sogra...). Um detalhe que esqueci de comentar. Os dois se casaram porque sendo esposa de Adrian, Sydney tem o mesmo direito de proteção de Lissa que Adrian tem, porque aí se torna sua súdita também. Mas claro que, mesmo sendo uma medida desesperada, ela também é baseada no amor dos dois, e tem tudo para dar certo. 

E além de tudo isso, a felicidade dos dois é encurtada pela notícia do sequestro de Jill. E com a situação de Lissa no trono ainda delicada, porque ainda não foi aprovada a lei que deixa qualquer pessoa eleita, mesmo que não tenha um descendente direto, governar. Então fica a dúvida: quem pode estar por trás do sequestro? Serão os Guerreiros da Luz? Ou algum opositor a Lissa? E nessa, quem sai bem mal é Eddie. O garoto ainda está apaixonadaço pela princesa, e se culpa também por não conseguir protegê-la, porque estava tentando (e conseguindo) salvar Sydney. 

Eddie aliás tem um pouco mais de participação neste, mostrando mais sua badassness. Mas por dentro o garoto está um caco, só mesmo a determinação de reaver Jill o move. E como o move. Ele entra imediatamente em estado de alerta sempre que o nome de Jill é mencionado, e daí o difícil é fazer com que ele se contenha. Sério, adoro o Eddie e sou super a favor da tia Richelle lançar outra spin-off baseada em Eddie e Jill.

Enquanto isso, Sydney está quase completamente maluca, entre a sogra que não aprova realmente seu casamento com o filho, a hostilidade das outras pessoas e a mudança total de horário. Mas isso vai até que a Mrs. T aparece na Corte com notícias de Jill. Daí, elas arquitetam um plano super mirabolante (e sensacional) para tirar Sydney dali a fim de investigar. Sydney também se sente um pouco culpada pelo sequestro de Jill, e também se preocupa genuinamente com a amiga. E ainda por cima há preocupação constante com Adrian e os efeitos que o uso de Espírito podem causar. Mas Sydney não é de se esconder quando alguém que ela ama está em perigo, então ela logo agarra a oportunidade de descobrir o que aconteceu com Jill, indo contra todas as suas inseguranças e medos. Admiro ainda mais Sydney por isso, por não recuar diante da chance de ajudar uma amiga, sem esperar nada em troca (bom, a sua liberdade seria muito bom).

E Adrian sofre com a obrigação de ter que ficar para trás para encobrir a saída de Sydney. Mas, sendo Adrian, claro que ele não vai ficar parado e vai encontrar um jeito de ir atrás da esposa. Adrian cada vez mais enfrenta seus demônios neste, e agora ele tem um vislumbre bem próximo de como sua vida seria com o uso excessivo de Espírito. Sonya logo o procura a respeito de Nina, aquela Moroi restaurada que Adrian ajudou em The Fiery Heart. Olive, sua irmã dhampir, sumiu, e Nina usa e abusa C&A do Espírito. Mas não vou elaborar muito nisso, porque senão corro o risco de dar um megaspoiler. Só digo uma coisa: isso vai abalar o mundo Moroi até as fundações. 

A Tia Tatiana continua falando com Adrian em sua cabeça, mas ele está preso pela sua promessa a Sydney de moderar no uso, e também por ver o que isso faz com Nina. Não deve ser fácil ser Adrian, Mas ele ainda continua sendo o Adrian de sempre, sarcástico, mas muito mais responsável, e em controle de suas emoções. E...

"Imagens da vila Ewok de Retorno de Jedi surgiram em minha cabeça"

PARA TUDOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Além de tudo, Adrian ainda faz referência a Star Wars?????? Só isso: <3 bite="" lindo="" me="" seu="" span="">

Como é de costume, este livro é cheio de reviravoltas, os eventos são bem encadeados uns nos outros e a leitura flui. Eu li em pouco mais de 3 dias (isso porque eu parei para ler um pouco dos outros, mas não resisti e fui até o final). Outros personagens voltam, como Dimitri, Rose e Neil (esse tem um papel importantíssimo, mas não posso revelar). E mesmo sendo o último da série, ainda deixa material para ser explorado no futuro (#fingerscrossed). Vários podres sobre os Alquimista são revelados, com uma boa surpresa (nem tanto) para Sydney, e Zoe meio que se redimiu por ter entregado a irmã antes. Já terminei faz uns dois dias, mas já tenho saudades. 

Trilha sonora

Claro que não podia deixar Madness de fora, Ela é a cara de Sydney e Adrian. Resistance também é perfeita. Muse rocks! The Reason, do Hoobastank; For you e Wherever you will go, do The Calling; Sugar, Maroon 5 (tem casamento, fofinho!); Somebody else´s song, do Lifehouse; Wonderwall, Oasis;  Someday e Savin' me do Nickelback.

Se você gostou de The Ruby Circle, pode gostar também de:


  • Vampire Academy – Richelle Mead;

    • A Canção do Súcubo – Richelle Mead;
    • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
    • Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
    • House of Night – P. C. e Kristin Cast.

    quarta-feira, 15 de julho de 2015

    O Sonho do Súcubo - Georgina Kincaid #3 - Richelle Mead

    O Sonho do Súcubo - A cidade de Seattle está passando por grandes mudanças, e um novo súcubo chega para tumultuar ainda mais os dias já nada calmos de Georgina Kincaid. Não que ela se importe em deixar de ser a garota, a única garota, da turma. Só não tem tempo a perder como tutora de Tawny – que, mesmo com todos os seus dotes de súcubo, parece completamente inepta na arte da sedução. Georgina tem problemas realmente sérios para resolver. Apesar de estar no auge de seu sex appeal, toda a energia que rouba dos homens numa noite de sexo desaparece na manhã seguinte, após um sonho. “O” sonho. E a vida dela não é a única em perigo. Seth Mortensen, seu grande amor, é gravemente ferido, e um demônio o está rondando, com uma proposta de vida eterna. Ela precisa evitar que Seth cometa o mesmo erro que ela e venda a alma, ainda que, agindo assim, corra um sério risco de perder o homem que tanto ama para... uma mortal.

    Mais um livro da Richelle que vale mais para relaxar do que para outra coisa. Embora seja melhor que O Poder do Súcubo, também não é lá grande coisa, que prenda, como eu pelo menos sempre espero de Richelle Mead. E vou apontar os erros repetidos deste livro mais para a frente.

    Georgina agora se vê às voltas com uma nova súcubo em Seattle. E ele tem que servir de mentora, ou seja, ensinar tudo o que sabe para a garota. Só que a menina é muito, mas muito ruim, e passa um tempão sem pegar ninguém. Georgie não tem muita paciência com ela, mas faz o que Jerome pede. Essa súcubo tem um porquê de estar ali, não vou dar spoilers, mas a maior parte do tempo, ela é completamente dispensável. E a personagem é irritante, sempre chorona. E superficial. Poderia ser cortada sem prejuízo algum.

    E como se isso não fosse o suficiente para drenar Georgina de todas as suas energias, ela ainda tem que lidar com estranhos sonhos, muito reais, que acabam deixando Georgie drenada, mesmo depois de um “fix”. E a cada vez que ela sonha, o sonho vai progredindo, cada vez mais mostrando um pouquinho. E é um sonho que mexe muito com Georgina, não só pela perda de energia, mas porque o tema é muito pessoal para ela: maternidade. Agora, sendo súcubo, Georgina não pode ter filhos, e sendo assim, claro que isso é o que ela mais deseja. Além de ficar com Seth, óbvio (ou melhor dizendo, ela queria que ele fosse o pai de seus filhos). Mas, para nós que lemos VA, esses sonhos são extremamente previsíveis (lembram do colar da Rose? Aquele que Victor…bom, não vou falar mais nada). O mistério é: quem anda mandando esses sonhos a Georgina, e por quê? E isso sim prende um pouco.

    Enquanto isso, a sinopse ali em cima, super legal, já deu mais um spoiler: a relação de Georgina com Seth está ameaçada por uma outra mulher. E mortal, no less. Mas, de boa, vocês achavam mesmo que ia ser tudo lindo e maravilhoso? E já estava passando da hora de Seth se dar bem também, vamocombiná. Esse negócio de só segurar as mãos, dar uns beijinhos inocentes…já está cansando, francamente. Em outras palavras, o namoro continua na mesma: sem graça.

    E esse é um ponto que novamente me incomoda nesta série. Os personagens (neste, com exceção de Seth, que mostrou algum tipo de evolução), são muito fixos, não evoluem. Não gosto disso. Torna os acontecimentos previsíveis, e não deixa espaço para nenhuma análise. E limita o livro. Alguns outros personagens entram, e poderiam ser mais bem explorados, como o vidente Dante, ou os anjos Vincent e Yasmine.

    O ponto mais ou menos forte deste é a narrativa. A história flui, e i enredo é um pouco melhor. Mas Richelle  capaz de mais, a história continua fraquinha. E neste sim há um bom cliff-hanger para o próximo, mas não espere nada OMG!. Não é nada que deixe a gente com fome de ir para o próximo volume. No geral, este é melhor que o segundo, mas está bem longe de VA ou Bloodlines. Vale só mesmo para relaxar, como eu disse.

    Trilha sonora

    Mr Sandman, das Chordettes, é perfeita. Dream a little dream of me, The Mamas & The Papas e para fechar, Tainted Love, do Soft Cell (sorry, mas a única versão decente dessa música).

    Se você gostou de O Sonho do Súcubo, pode gostar também de:

    • Vampire Academy – Richelle Mead;
    • Bloodlines – Richelle Mead;
    • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
    • Ahmnat – Julien de Lucca;
    • Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
    • House of Night – P.C.  e Kristin Cast.

    sexta-feira, 3 de julho de 2015

    A Cabana - William P. Young

    Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida de a família de Mack Allen: sua vida mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana. 

    Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se à Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, insiste em não diminuir.

    Um dia, porém, ele recebe um estranho bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo. 

    Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o  Espírito Santo estão à sua espera para um "acerto de contas" e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns episódios mais tristes de sua história.

    Intenso, sensível e profundamente transformador, este livro vai fazer você refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de se amor por nós e o sentido de todo o sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.

    Começo esta resenha dizendo que só li este livro porque minha psicóloga falou para eu ler. E entendo porquê. Também esclareço que respeito TODA e qualquer crença. Posso não concordar, mas respeito. E reconheço que várias coisas no livro me chamaram atenção, encho o meu de marquinhas. Mas não gostei do livro. Achei doutrinador demais, ele quer a todo custo te provar que você só encontra a paz e a libertação através de Jesus. E, segundo o livro, até Deus mesmo deve obediência a ele. Mas vamos do começo.

    Não vou recontar a história porque ela está toda aí em cima. Uma coisa que me incomodou logo de cara é o fato de usar a expressão "Grande Tristeza". Por favor, dê nome aos bois: depressão. Esse termo que o autor achou me soa muito condescendente, e como tal, coloca o próprio em posição superior a quem sofre desse mal, diminuindo a significância dessa doença. Tristeza é um estado passageiro. Depressão é uma doença séria, silenciosa, e que pode ter consequências graves para quem sofre dela, e também para quem convive com ela. Por isso, um pouco mais de respeito seria de bom tom.

    Depois, para um cara que se diz cético, que perdeu a fé em Deus muito tempo atrás, Mack chega à conclusão de que o bilhete é de Deus muito cedo. Foi, literalmente, o segundo palpite dele. E ele logo de cara aceitou isso, sem questionamento algum. Eu, se recebesse isso, pensaria logo em alguma brincadeira de mau gosto, e ignoraria. Mack o que faz? Sim, você adivinhou, obedece o bilhete. Chame-me de cética e descrente, mas no mundo em que vivemos hoje, infelizmente, meu primeiro impulso seria de achar que o bilhete vinha de algum assassino, ou que se trata de algum golpe, na melhor das hipóteses. Mas OK, vamos com Mack. Ah, sim. Não posso deixar de comentar que ele arquiteta tudo para chegar até a cabana, e pede o jipe de seu amigo Will para ir até lá. Sério? O autor se colocou dessa forma nada sutil no história? Ridículo! E ainda mais, o cara também acredita piamente em Mack que o bilhete veio de Deus.

    E, chegando à cabana, Mack tem mais uma surpresa ao descobrir que Deus, Jesus e o Espírito Santo não são nada do que ele havia imaginado. Previsível. Deus se apresenta como uma negra escrava que trabalhava na cozinha. Jesus aparece com aparência árabe, o que causa extrema surpresa a Mack. Sério? Amigo, Jesus viveu na Palestina. Você por acaso já viu o povo que vive lá? É surpresa? Pessoas, a imagem de Jesus loiro, com abundantes cabelos cacheados, barba bem feita e impressionantes olhos azuis são uma invenção ocidental, criada na Idade Média, refletindo o povo europeu. E o Espírito Santo aparece como uma mulher oriental, com roupas diáfanas que não tem forma definida. Ela parece etérea, e é muito enigmática. Dos três, o melhor é Deus, com certeza. Esqueci de um detalhe que achei pra lá de piegas: Mack chama Deus de Papai (em inglês, provavelmente está Daddy). Então, somos todos crianças de 5 anos? Para constar, meus alunos de 7 anos não chamam seus pais de papai. Infantilização desnecessária e patética.

    Como eu disse, Deus é o melhor, Isso porque é o que tem mente mais aberta, e oferece as observações mais bacanas. Jesus é plácido, mas esse faz o papel daquele pastor evangélico (de novo, eu respeito qualquer crença. E ele pode ser projetado também nos padres, pra falar a verdade) que quer porque quer provar que a única crença válida é a crença no amor de Jesus. Não. Mil vezes não. Para os judeus, por exemplo, Jesus é só mais um profeta. Todo o dogma deles é errado? Hindus veneram Shiva e Ganesha há milênios. Quer dizer que todo o sistema intrincado de crença deles está errado?

    Deixe eu esclarecer algo. Ele até fala que todas as religiões, judaísmo, budismo, islamismo, catolicismo, todas são manifestações de Jesus, Mas que só através da crença em Jesus é que se pode encontrar liberdade. Mas uma liberdade alcançada através da obediência cega a Jesus (sim, como eu disse, até Deus deve se submeter a Jesus). Deixa eu rebater essa contradição com um vídeo:


    Para quem não entendeu, Loki não está falando de liberdade, mas de ditadura. "Este não é o seu estado natural? Vocês nasceram para ficar de joelhos." E a mensagem no final do vídeo vem bem a calhar. Se você ainda duvida, eu recomendo que leiam de novo 1984. Peraí, Fernanda, você está comparando Jesus com um tirano?Não. Mesmo porque o Jesus que eu conheço não é tirânico, muito pelo contrário, é tolerante. Mas acontece que certas correntes da Igreja (e isso em mais de uma, não só evangélicas, mas a própria religião católica) acreditam nisso. Sem mencionar isso, claro.

    E o livro não esclarece nenhuma das grandes perguntas que promete: Se Deus é tão bom, por que me faz sofrer tanto? Por que deixou que minha filha de 6 anos fosse assassinada brutalmente? É um livro raso, vago, e, embora não seja classificado como um, é um livro de auto-ajuda. E não é dos melhores (Um dia daqueles é mil vezes melhor, e só tem praticamente fotos). Como eu disse, é doutrinador demais, parte do ponto de vista do autor, que aqui vale mencionar que é filho de missionários, que passou a infância numa tribo de índios no Canadá (fazendo o quê? Doutrinando os locais e dizendo que a única forma de salvação é pelo Evangelho. Não. Mil vezes não. Isso é uma violência das mais cruéis, e um desrespeito à cultura alheia).E, para um livro de auto-ajuda, para mim, pelo menos, não ofereceu muita. A não ser pelo que ele fala do perdão. E isso porque é uma coisa que tem a ver comigo, e que eu venho tentando exercer já há alum tempo.

    Para finalizar, para mim, o que interessa eu deixo nas palavras de Jen, em sua despedida de Dawson´s Creek:


    "O que importa não é se Deus existe ou não. O que importa é que você acredite em algo, e essa crença a manterá aquecida durante a noite."

    É isso. Nisso que eu acredito. E se você gostou do livro, peço para lembrar que isso é a MINHA opinião, que eu tenho todo direito a ela, e que respeite o meu ponto de vista.

    Trilha sonora

    One of us, da Joan Osborne é óbvia (e confesso que me pergunto a mesma coisa. Intolerantes, prestem atenção na letra); e Please, do U2.

    Se você gostou de A Cabana, pode gostar também de:

    • As Crônicas de Nárnia - C. S. Lewis.

    segunda-feira, 8 de junho de 2015

    Livros para colorir

    Como eu disse na minha última postagem, Minha Ausência, eu caí de cabeça na mania dos livros para colorir. Tenho 5 no total: Floresta Encantada, Jardim Secreto, Fantasia Celta, O Jardim das Mandalas e O Livro Vintage de Colorir. E sim, pessoas, eu brinco com todos eles. Acreditem. Vou alternando para não cansar.

    E, óbvio, eu estou adorando isso. Vocês devem achar que cinco livros é o suficiente, não? Pois não é. Sério, Uma vez que você começa, não quer parar. E eu encontrei muitos benefícios nessa brincadeira. Uma delas é que realmente é bem relaxante. Você chega em casa, cansada do trabalho, abre seu livro e um mundo de cores e combinações infinitas se abre, e, uma hora depois, você nem lembra que estava cansada, ou que teve um dia péssimo. Seus problemas vão indo embora conforme as ilustrações ganham vida.

    Mas outro benefício que não é muito óbvio, e que quase ninguém fala, é que você desenvolve sua criatividade. E ela acaba se espalhando para outras áreas de sua vida. Eu já havia notado isso porque algum tempo atrás voltei a um antigo hobby, também relacionado com isso, que é a decoupage, ou seja, a arte de colar figuras em bandejas, caixas, ou qualquer outra coisa que sua imaginação inventar, e depois pintar. Como exemplo, posso mostrar essas coisas que eu fiz:





    Mas me desviei. Voltando para o assunto. A criatividade, como eu disse, se espalha para outras áreas de sua vida. No meu caso, percebi que quando estou preparando minhas aulas, ficou muito mais fácil bolar novas atividades, ou adaptar outras. E eu tenho visto que o resultado em sala tem sido muito bom,

    E, outro benefício quase imperceptível, é que estando mais relaxada, eu me sinto mais calma e não me estresso tanto com as coisas. Uma parte disso vem da terapia, que estou fazendo já faz um tempo, mas outra parte eu acredito que vem disso. Eu encontro paz colorindo.

    Portanto, se você vir alguém falando que colorir é perda de tempo, esqueça. Como eu vi num comentário por aí: Seu recalque bate nos meus Faber Castell e volta para você.

    E falando nisso, não posso falar de um livro de colorir sem mencionar o material básico para isso. Os lápis de cor, óbvio. Eu tenho muitos ( mais ou menos 120, e, acreditem. não parecem o suficiente!!!), de três marcas: Faber Castell, Maped e Giotto. Eu uso principalmente os aquareláveis. Sim, eles são bem mais caros, mas a qualidade do trabalho feito com eles é inigualável. Gosto muito dessas três marcas, todos são bem macios, e tem boa pigmentação, então você não precisa fazer uma força imensa para sair a cor. Especialmente os Giotto. E dá para fazer várias coisas com eles: aquarelar, degradê, misturinhas :)

    Também comprei os neons e metalizados da Faber, Mas esses eu só recomendo para fazer pequenos detalhes. Principalmente os neons. São duros e com pouquíssima pigmentação. Então, para fazer trabalhos mais elaborados, ele cansa.

    Bom, isso é o material básico. Também uso outras coisas.

    Esse:


    Eu usei giz pastel oleoso no fundo, e depois espalhei com os dedos.

    E esse:



    Eu fiz o fundo com maquiagem. Daquelas baratas que a gente compra na Liberdade aqui em SP, de baixa qualidade e que eu nunca arriscaria passar no rosto (óbvio que não vou usar Boticário, Natura, etc, para pintar!) Gosto porque dá um ar mais delicado.

    E esse, do Fantasia Celta:


    O rosa eu usei uma coisa chamada Gelato, da Faber Castell, que são giz pastéis oleosos aquareláveis. Eles são caros, mas vão durar muito, e dão um resultado lindo.




    Também uso canetinhas, mas com cuidado, e sempre vendo se não vão borrar atrás. Eu geralmente faço o teste no final do livro antes. E também uso giz de cera normal, como nesse caso dessa raposinha, do Floresta Encantada, que eu usei no fundo, e me inspirei em O Pequeno Príncipe. E para essa corujinha, do Jardim Secreto, eu ainda vou usar purpurina em alguns pontos, para amenizar o fundo preto.

    E quase me esqueço de falar do principal: os livros. Meus preferidos são Jardim Secreto, Floresta Encantada e Vintage. Os desenhos são lindos, embora com muitos detalhes, e o Vintage, dá para fazer meio que no automático. Já o Fantasia Celta, eu não achei tudo isso, pensei que ia gostar mais, mas alguns desenhos são muito sem graça, na minha opinião. E o Jardim das Mandalas tem desenhos lindos, e uma introdução bem bacana, com o significado das cores, e um mini guia de como combinar. Mas o papel é tipo jornal muito fino, a gente tem que fazer mais força para sair o pigmento, e a impressão ainda marcou atrás:


     Me deram a dica de pintar com uma plaquinha de MDF atrás, mas eu ainda não tenho. E também adeus canetinhas e aquarelas nesse.

    Então, espero que vocês tenham gostado. E quem sabe eu inspirei alguém a pintar também: ;)



    sábado, 30 de maio de 2015

    Minha ausência

    Acho que já deu pra perceber que não tenho atualizado muito o blog. E também que esse ano não fiz as análises dos episódios de Game of Thrones esse ano. Eu até comecei a fazer a review do primeiro, mas acabei deixando de lado. E, respondendo a algumas pessoas que comentaram me perguntando, não, não vou fazer.

    E tenho vários motivos para isso. Em primeiro lugar, estou relendo 3 livros, A menina que roubava livros, Ciclo A Herança (no momento, Brisingr, mas vou reler todos) e cheguei numa parte da minha coletânea de Sherlock Holmes que eu já li e comentei, As Aventuras de Sherlock Holmes, então não tenho muito a relatar. Depois, as reviews de Game of Thrones me dão muito trabalho, me tomam bastante tempo, e também não ando muito empolgada com a quinta temporada, pra falar a verdade. Continuo assistindo, e gosto, mas a série se afastou muito dos livros, e passando da metade, ainda não vi nada que tivesse me empolgado muito.

    E eu sei que vocês vão achar que é uma desculpa muito esfarrapada, mas a verdade é que tenho trabalhado como louca, o que limita meu tempo. trabalhei três sábados seguidos, e estou fazendo um curso às sextas-feiras, que estou adorando.

    Finalmente, por motivos pessoais, eu não tenho passado muito tempo na internet, sequer tenho ligado meu computador todos os dias. Eu sei que isso soa ruim, mas eu asseguro, é exatamente o oposto. Passar tanto tempo na frente do computador é na verdade muito fora de caráter para mim. Nunca fui muito chegada em computador, e nem me dou muito bem com eles. Uso mais como ferramenta de trabalho mesmo.

    E, finalmente, eu totalmente caí de cabeça na mania de colorir. Passo horas, fácil, na frente da TV (na última semana o vício foi Downton Abbey, que eu estou devorando, mas já assisti todinha Daredevil. Netflix, você é um lindo! Obrigada, obrigada, obrigada, por salvar Matt Murdock! Totalmente recomendo que veja a série, e esqueçam a tragédia que é Ben Affleck como o homem sem medo. Eu imploro).


    Isso quer dizer que vou abrir mão do blog? De jeito nenhum! É o meu baby! E conheci muitas pessoas incríveis por meio dele, pessoas que apesar de não conhecer pessoalmente, eu tenho o privilégio de chamar de amigos. Só que vou maneirar nas postagens. Vou me dedicar a meus outros interesses, soltar a imaginação, mas deixar de ler, jamais! E, para servir de inspiração, vou deixar vocês com alguns dos desenhos que eu colori Alegre:)

    Floresta Encantada:



    Jardim Secreto:




    Livro Vintage de Colorir:





    Tenho mais alguns, que vocês podem ver no meu Instagram, se quiserem, @fefenatrilha.

    Beijos! E obrigada pela compreensão!