domingo, 1 de abril de 2012

O símbolo perdido – Dan Brown

 

símbolo perdido Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas.
Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo.
Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo.
Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.
Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico.
O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.
Nas mãos de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, os desafiando a abrir a mente para novos conhecimentos.

Eu já disse aqui que adoro os temas de conspiração dos livros de Dan Brown, especialmente se eles tem a ver com religião (e que fique bem claro, eu respeito todas as crenças, e porque eu gosto de tudo o que desafie religião não quer dizer que eu não acredite em nada. Acredito sim, mas tenho minhas próprias ideias, e não quero impô-las a niguém, então isso não vem ao caso, certo?). Sei lá porque eu demorei para ler esse livro (mentira sei sim: Vampire Academy , The Hunger Games e As Crônicas do Gelo e do Fogo apareceram na minha vida, e eu esqueci completamente dele), mas o fato é que alguém emprestou para a minha irmã, e para dar um tempinho na fantasia, resolvi ler antes de ter que devolver.

O livro começa com o professor Robert Langdon levando sua vida numa boa em Boston, até que seu amigo e mentor Peter Solomon o chama de última hora para uma palestra no Capitólio, em Washington. O que Langdon não sabe é que caiu em uma armadilha, arquitetada por Mal’akh, um homem misterioso e fanático (falo dele daqui a pouco).

De volta a Langdon, mais uma vez ele tem que colocar seu talento de simbologista em prática para decifrar um mistério antigo envolvendo a Francomaçonaria americana. E o tempo corre contra ele, pois Mal’akh tem em seu poder Peter Solomon, e se Langdon não cumprir as exigências do maluco até a meia noite, seu mentor morre.

Claro que por trás de tudo isso, há uma ciência maluca que, se revelada, pode mudar o mundo como o conhecemos. E no caso, essa tal ciência é a noética, estudada por ninguém menos que Katherine Solomon, irmã de Peter. A noética trata do estudo do pensamento humano, e como ele tem massa e pode afetar os acontecimentos, blábláblá whiskas sachet…O que interessa é que ninguém pode saber disso, senão já viu…Apocalipse. E este previsto, no caso pelos maias, que acreditam que o mundo acaba dia 21 de dezembro desse ano (ui, que meda!). Katherine acaba ajudando Langdon na busca de respostas, e, incrivelmente, dessa vez não há envolvimento romântico. Ela é uma mulher de meia idade (acho que deve ser por isso ;D), e totalmente dedicada a seu trabalho. Praticamente só tem contato com seu irmão e sua assistente. E o que eu achei meio forçado é que ela conheceu Langdon uma vez, faz muito tempo, e ainda assim, confia inteiramente nele para salvar seu irmão. Estranho. Há muito tempo, ela testemunhou o assassinato da mãe, e esse trauma nunca foi totalmente embora. Mas, apesar de ser descrita como frágil no livro, acho ela forte e determinada.

Peter, seu irmão, quase não aparece, mas dá pra sacar que é um homem cheio de mistérios. Não é para menos, pois ele é o Grão Mestre (acho que é esse o título) da Francomaçonaria dos EUA. Ele é o diretor do Instituto Smithsonian, e obviamente muito influente. Ele tem uma mágoa muito grande em relação ao seu passado: seu único filho não queria saber de seguir seus passos (até que meu pai me disse filho, você é a ovelha negra da família…) e acaba preso em um prisão na Turquia, onde morre assassinado. Ele estava em casa quando sua mãe morreu, mas foi atrás do assassino, e o matou, e isso também deixou suas marcas nele.

Mal’akh, o lunático que sequestra Peter, é um homem de uns 30 anos, todo tatuado e grandalhão e se acha perfeito, uma verdadeira obra de arte. Fala sério, mais demente não dá. Ele deu um jeito de se infiltrar entre os maçons e assume várias identidades no decorrer do livro. Mas sua verdadeira identidade fica meio previsível do meio pra frente. O cara não tem escrúpulos, e faz Silas parecer fichinha perto dele (apesar de eu ainda preferir o albino, mas acho que é só porque eu adoro Paul Bettany, que fez o papel no cinema). Seus crimes são cuidadosamente planejados e tem requintes de crueldade de revirar o estômago.

Ainda há outros personagens envolvidos na busca das respostas do tal mistério. Uma delas é Inoue Sato, uma agente da CIA, uma japonesa baixinha, magrela e com a voz rascante de quem passou por uma cirurgia no esôfago. O que não a impede de fumar feito uma chaminé. Ela é incisiva e durona apesar da pequena estatura, e não admite ser deixada para trás. E também temos Warren Bellamy, o Arquiteto, como é chamado o chefão da Capitólio americano. Ele é irmão maçom de Peter, e acaba tirando Langdon de muitas frias. Mas, como em O Código Da Vinci e Anjos e Demônios, não dá para ter certeza de onde as lealdades deles está.

O livro demora um pouco para embalar. Só fica mais legal a partir da página 100, como Anjos e Demônios, e a partir daí leva a gente por uma busca desenfreada pela capital americana, cheia de símbolos misteriosos e mensagens cifradas. Prato cheio para os loucos por conspirações. Mas algumas coisas são meio previsíveis, outras não, e eu sinceramente esperava mais do livro. Sei lá, não sei se porque dessa vez ele não foca tanto em religião, ou porque também não tem muita coisa de História, e particularmente História americana não é o meu forte, mas não me empolgou. Tinha horas que eu enrolava pra ler…difícil continuar. Mas em compensação, outras é bem empolgante, e eu ficava presa na leitura. Ainda acho O Código Da Vinci o melhor que já li dele, mas ainda vale a leitura. E há também um projeto para transformar este em filme, segundo o IMDB, mas não tem data prevista para o lançamento.

Se você gostou de O Símbolo Perdido, pode gostar também de:

  • O Código DaVinci – Dan Brown;
  • Anjos e Demônios – Dan Brown;
  • Fortaleza Digital – Dan Brown;
  • Ponto de Impacto – Dan Brown;
  • coleção Força Sigma – James Rollins;
  • O último templário – Raymond Khoury.

8 comentários:

Carol disse...

i apenas um livro do Dan Brown e desisti dos outros... são muito parecidos... ele usou a mesma fórmula para todos os livros (assim penso hahaha), então não me animo muito não!

Beijos.
#Resenha falada.

Nadia Viana disse...

Eu li logo que foi lançado. Gostei bastante também, mas realmente O Código da Vinci é melhor. Espero que vire filme mesmo.
Beijo,
Nadia

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi meninas!

Carol, você tem razão, Dan Brown apostou em uma fórmula e ficou com ela. Nada contra, funciona muitas vezes, mas nesse caso ficou meio repetitivo.

Nádia, esse é legal, mas O Código é mais empolgante. Quanto ao filme...é esperar pra ver.

Beijos!

Fefa Rodrigues disse...

Fe, qd eu vi este livro pela primeira vez, falei tanto dele que acabei ganhando no Natal de presente de um colega de trabalho... foi uma surpresa hehehe... então, eu realmente esperava bastante dele, já tinha lido Anjos e Demonios e O Código da Vinci... mas acabei me decepcionando um pouco... acho que também pela ausência de eventos HISTÓRICOS mais interessantes, história americana tbm não me agrada muito - foi a mesma coisa com A Lenda do Tesouro Perdido II - além da repetição da fórmula básica que tá certo, funciona, mas ele podia dar uma inovada, né!!!!

Bem, concordo com vc, O Código da Vinci é o melhor...

Ahh... acabei de ler O Discurso Secreto, e Fe, é muuuuuuuuuuuuuuito bom!!! Legal mesmo viu!!!

Acho q é isso... :o)

Luciana Mara disse...

Ei Fernanda!

Sério que você só gostou de Anjos e Demônios a partir da página 100? Ele é meu preferido!

Já O símbolo Perdido é legal, mas não me conquistou totalmente. E nem posso falar que é porque segue a mesma linha dos outros. Acho que não gostei do final.

Bjins

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Lu!

É que o começo, com toda aquela explicação sobre a antimatéria..achei meio chata. Mas depois fica bem legal. Com os filmes é o contr';ario: prefiro Anjos e Demônios que Código Da vinci.

Beijos!

Wander disse...

Nossa! Li esse livro assim que lançou, e isso foi o que? 2009 neh... Mas eu achei um livro totalmente esquecivel. Ha alguns fatores que me levaram a essa conclusao;

Primeiramente, acho que o fato da maçonaria nao me atrair muito, eu adoro ler muito sobre religiões; e tá certo que Maçonaria não chega a ser uma religião, msm assim, nao achei empolgante. Acho que o Dan so escolheu falar sobre o tema pra causar polemica mesmo, sendo que ele ate pesou um pouco na dose ao descrever os rituais, pois segundo uma materia que eu li sobre Maçons, nao existe nada de sangue, nem beber nada em uma caveira ou algo do tipo... Bem, eu nem lembro mt dos detalhes do livro.

Outra que Washington nao é lá mt empolgante neh; eu penso la como uma Brasilia dos EUA, e tão desinteressante quanto.

Entao o livro me decepcionou, nao so nesses aspectos, principalmente se comparado aos otimos O Codigo da Vinci e Anjos e Demonios, alem claro do excelente Fortaleza Digital. A narrativa ficou meio enfadonha, demora a engrenar, e as ultimas 100 paginas eh pura encheção de linguiça e nao acrescenta nada a historia e so serve pra deixar uma especie de moral pra historia. Esse vilão nao tem o menor carisma e eh recheado de clichês, tipo ate a revelação a respeito do seu passado que deveria "OMG EU NUNCA IRIA IMAGINAR ISSO", eu achei tão previsivel.

Apesar disso tudo, o livro ainda tem seus meritos; o Dan merece palmas por sua pesquisa, a descrição minusciosa dos simbolos e a ligação com a historia e construçoes de Washington eh muito precisa. Algo que ele havia feito muito bem nos livros anteriores, e que nao perdeu a essencia aqui. Gostei muito.

Olha, eu sou muito fã do cara. E nao acho que ele apostou numa formula e se repete, pois veja bem, esse estilo ele dedica exclusivamente ao personagem Robert Langdon, que eh um simbologista. No caso pra diferenciar mesmo, ele escreveu Ponto de Impacto e Fortaleza Digital com outros personagens. Mas esperava mais desse trabalho dele. Agora nao sei se estou afim de aguentar o Tom Hanks em mais um filme, ele eh um exelente que apenas nao conseguiu se conectar a esse personagem. Ewan McGregor levou Anjos e Demonios nas costas; assim o merito do primeiro foi Paul Bettany. Nao vejo nenhum personagem nesse livro pra livrar o filme da total canastrice.

Beijos Fê. :)

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

OI Wander!

Concordo plenamente. Decepcionante e eu esqueci de mencionar na resenha, mas o final eu também acho que é só encheção de linguiça. Quer dizer, o clímax já tinha passado, mas ficar enrolando por mais 100 páginas...Chatíssimo!

E o bad guy também é previsível, dá pra sacar quem ele é bem cedo, e não foi surpresa nenhuma.

Também adoro o Tom Hanks, mas não acho que ele foi a escolha certa para o papel. Eu acho que Russel Crowe levaria o paple bem melhor (ele foi cogitado para o papel, mas não sei porque não foi escolhido). Tom Hanks simplesmente não é herói de ação, não combina. E Langdon pode não ser herói de ação propriamente, mas as situações vividas por ele sim, e não combina com Tom Hanks. Já Ewan MgGregor e Paul Bettany...como você disse levam os filmes nas costas. Também não sei se o filme vai empolgar. Mas como não temprevisão, pode ser que nem saia.

Beijos!